domingo, 22 de novembro de 2009

Tudo ao mesmo tempo agora

Um tempão sem botar nada no blógue, um monte de coisas já escritas espalhadas por aí...



Resolvi publicar de uma vez só! (e ainda guardei mais um tanto por aqui...).



E por hoje é só!




beijo, DR

3D

Essa semana vi imagens 3D.

Enjoei e fiquei tonta...

Aaaahhh.... Estava tudo tão lindo! E eu virei do avesso....





...nessa casa (ainda) se ouve Deep Purple

de olho...


Não parecem olhinhos a me vigiar?





... nessa casa se ouve Deep Purple

A difícil arte de descongelar a geladeira


O barulho vinha incomodando há tempos... Era mesmo hora de descongelar a geladeira.

Ai, ai...

Sempre falei comprar geladeira que descongela sozinha. Não deu. Não coube, nem no bolso nem na casa. Já dizia Buda “não tem tu, vai tu mesmo”. E cá estou com uma geladeira que vira o próprio kilimanjaro, tendo que descongelá-la de tempos em tempos.

Uso água fervendo, secador de cabelo e a faquinha...

Técnicas primorosas de mulher impaciente, e funcionam!

Só uma vez esqueci a faquinha lá dentro... Virou quase um fóssil, mas foi uma agradável surpresa quando a encontrei.

Prático, rápido e eficiente. Vai jogando água quente com cuidado, a faquinha ajuda a alavancar as pedras de gelo e a quebrá-las. Cuidado com a tal da mangueirinha do gás... Caem pedaços de gelo gigantes, outros derretem rapidinho.

Alguns problemas no meio do caminho...

Pura questão científica... As pedras se acumulam na gaveta, mais a água fervente que você jogou, e enchem logo a gaveta, em dois estados físicos da água...

A gaveta precisa ser prontamente esvaziada, ou seja, despejar tudo na pia...

Pura questão prática... Aí você se dá conta que a gaveta não abre!!!! Pomba! Tem uma porcaria de uma mega power pedra de gelo colada lá no fundo interrompendo a livre abertura da gaveta...

- Aahhhh, pequena esquimó... tudo na vida é planejamento!!! Devia ter degelado primeiro as geleiras do norte....

- Caceta, agora fudeu...

- Que que eu preciso agora? Faquinha? Chaleira? Secador?

- Paciência, Dani... precisa de paciência...

Eis o precioso trabalho de perícia. Dá a impressão que só os mais astutos equilibristas conseguem fazer. É a maratona de atravessar a cozinha com a gaveta cheia na mão até chegar na pia... ainda bem que a cozinha é pequenininha e a pia fica pertinho, ainda assim é um dos momentos mais tensos do dia.

A cena se repete algumas vezes, o grau de dificuldade vai diminuindo, a paciência também. Mas tudo bem! Faz parte do processo organizacional da boa cozinha, faz parte da manutenção desta casa, e assim vamos... de tempos em tempos desbravando estas árduas e alvas geleiras e promovendo a grande expedição ao congelador , instaurando o ápice do momento de superaquecimento global em prol de mais espaço para uma cervejinha.







Rio, 30 de agosto de 09.



... nessa casa se ouve Max Romeo

"musiquinhas" ou "o mundo é nonsense"

Estava sentada no banquinho, pintando umas coisas que precisavam de novas cores nessa vida, me pego pensando e perguntando por coisas esdrúxulas....



Coisas que parecem realmente sem nexo, inimagináveis, ou o que realmente é nonsense...


Coisas do tipo “por que colocam musiquinhas em powerpoints? Para que essas merdas de musiquinhas? Quem é o fdp que bota essas musiquinhas?”.


Às vezes chegam uns e-mails por aí que, num primeiro momento, até parecem interessantes... Por vezes vem com algum comentário do amigo que enviou...


“Interessantíssimo”. “Sensacional”. “As fotos são mesmo incríveis”. “Veja isso” e coisas do tipo.


A gente até fica curiosa, né... Por vezes se deixa convencer.


Pronto. Deixou-se seduzir e lascou-se... é só abrir a porcaria do arquivo anexo e é imediato... a musiquinha xexelenta toma conta da sala, toca por cima de qualquer outra coisa que você esteja ouvindo, irrompe o ambiente com aquele sonzinho do órgão da igreja arrepiando até pelinho do pescoço.


Acabou o bom humor. Acabou a paciência. Por pouco não acaba o dia ali mesmo...


Seu mundo passa a ser achar onde desliga esta merda!!!


Já não quero nem saber se as fotos são mesmo incríveis, se o conteúdo era mesmo excepcional, se eu realmente não podia deixar de ver aquilo até o final. Chego a derrubar os copos sobre a mesa caçando botõezinhos...


- Abaixa o volume. Abaixa o volume. Abaixa o volume.


- Desliga a caixinha de som. Desliga a caixinha de som. Desliga a caixinha de som.


- Esc. Esc. Esc.


Quando algo funciona, certa sensação de alívio, mas parece que o mundo ainda vai demorar a voltar ao normal.


Mesma coisa com site que canta.... Você está interessado em ver aquela página, conhecer o conteúdo, digitou o endereço na barra de ferramentas e pow! Aquela merda começa a cantar.


- Aiiiii. Socorro!!!!


Pronto. Perdeu a chance de mostrar ao mundo a que veio.... Clica. Fecha. Sai dali. Nem para anotar um endereço, nem para saber o nome do responsável. Começou com musiquinha, acabou com a minha paciência. Não rola. Meeeesmo.


Sim, sim. Sei que tem em algum lugar da página o iconezinho “calar a boca do alto falante”, mas até acha-lo, a paciência já era...


Sim, sim, sei que muitas vezes até eu estou ali para ouvir alguma coisa, mas quero ter opção e poder de decisão, e até lá, paciência já era...


Sim, sim. Acho mesmo que a vida precisa de uma trilha sonora, mas site que canta e musiquinha de powerpoint são o inferno... Passa longe de alegre trilha para o seu dia. Passa perto das penitências que se cumpre na frente de um computador.


 

Rio, 18 de agosto de 09.




... nessa casa se ouve Jane´s Addiction


domingo, 9 de agosto de 09

Com quantos cacos se faz uma vida?



Ontem quebrei azulejos para depois recompô-los na parede.


Fiz como quando corto o cabelo... a cada tesourada penso em tudo que quero cortar da minha vida; para depois pensar em tudo que quero que cresça, forte e vivo como os cabelos de Sansão.


Com os azulejos a mesma coisa... a cada marretada, tudo que quero quebrar na minha vida. A cada recomposição, tudo o que quero pra ela criar.


E as pecinhas vão se encaixando, se montando, se ajeitando, se completando, como cada pedacinho de mim mesma.


Fiz um mosaico pobrinho... feliz nas suas limitações...


Eram azulejos “sobra da obra”, cores xoxas, peças velhas e sujas, mas cheias de história...


Não era para ser nem bonito, nem feio. Só para ser o que é.


Não era para ter um desenho representando nada. Só para formar o que dali saísse....


Faz pensar tanta coisa...


Horas a fio, colando, montando, descobrindo, encaixando.


A vida é feita de caquinhos.


Um dos grandes desafios é saber pegar (o que parece ser...) o entulho e transformar em algo novo.



Às vezes acho que faço isso o tempo todo e com tudo... coisas que não têm serventia, coisas que ninguém mais quer, coisas que “são lixo” aos olhos de alguém, e as transformo em coisas novas, crio coisas novas a partir destas.


Digo que estou lhes “dando dignidade” e então elas passam a ser coisas lindas e exclusivas, aceitas pelo mundo que as rodeia.


Com tudo... é impressionante...


Aí tento buscar paralelos comigo mesma...

Tudo tem um uso possível, uma serventia, pode se tornar algo interessante.


Tentar juntar os cacos de mim mesma e me transformar em alguém que possa ser aceita...


Pegar essa tralha toda amontoada, chamada DR, aparentemente sem muito valor, e transforma-la em algo que as pessoas gostem.


Vejo valor, oportunidade e possibilidade em tudo quanto é tralha. Acho mesmo que é possível de se transformar em algo novo e interessante; como é que mim mesma não consigo achar???


Parece que finalmente deu algum ‘start’ nesse ponto...


Algo de bom eu devo ter... não é possível... não vou ser o entulho amontoado no canto para o resto da vida; em algum momento alguém mais há de reconhecer e agregar valor a essa que vos fala...


Talvez uma conjunção de fatores estejam colaborando para isso nesse momento. Estou mais tranqüila e feliz comigo mesma.










... nessa casa se ouve Célia Cruz

“Teu BLOGUE está proibido para mim” (...)

Em 24 de julho de 2009, pontualmente às 15:13, recebo uma mensagem... “Dani, minha querida. Hoje tento acessar o teu blogue pelo trabalho que eis que descubro que ele foi "proibido" devido a certas palavras em determinadas quantidades”...

E veja a tela que aparece!!!


Caracoles!!!!! Nem eu sabia que eu tinha escrito tantas obscenidades.... Quantidade abusiva de palavras de baixo calão.... Baixaria pura...


Que vergonha... Ou melhor, que falta de vergonha...

Senti-me péssima... Senti vergonha... Senti-me embaraçada e desonrada...

Senti-me à deriva em um mar de hipocrisias e visões limitadas e reducionistas de mundo...


Ninguém leu o que escrevi, ninguém quis saber quem eu era, ninguém se preocupou com o contexto relacionado do uso da palavra... Merda de censura de merda!


- Ora, Dani... Isto é uma “censura-padrão”, algum tipo de programa de computador que faz sua seleção através de “palavras-chave”, sem saber relacioná-las a nada nem a ninguém. Algum tipo de busca ou rastreador que “pinça” palavras obscenas, libertinas e imorais como as de seus textos.

- Não. O filho-da-puta do tal programa não é assim inocente, não... Ele fez distorções! Fez associações indevidas de palavras de um lado com outras de outro... Juntou “comer” com “bunda”, “cu” com “lotado”, “calcinha” com “molhada”... Eu nem sabia que eu tinha escrito “calcinha”... Onde já se viu tamanha afronta! Era só o que me faltava... E desde quando “hospital” é uma palavra imprópria?

- Dani, você reclama de mais, por menos... Isso acontece, é comum, rotineiro e é uma tendência nesse nosso mundo contemporâneo, informatizado e tecnológico. Máquinas trabalhando...

- Hein? Então alguém sentado em frente ao seu computador (maior de idade e vacinado, diga-se de passagem, - o sujeito, não o computador...) de repente tem seu acesso bloqueado àquilo que ele quer ver por conta de um “procedimento-padrão moderno e atualizado” como essa censura limitada, restrita e balizada?


Como assim? Isso é tendência e prática a ser adotada?

Sem um pingo de visão correlacionada dos fatos, sem contextualizações e um panorama mais abrangente do todo e do um, sem nem uma brecha ao pensamento sistêmico, sem visão holística dos fatos? Que merda de tendência de futuro é esta?


- Olha... pergunte menos e faça mais. Ou melhor, faça menos... Porque você escrevendo já está sendo censurada, já estão de olho em suas imoralidades por aí...


- Heinnnn de novo! Imoral é como se trata a Educação neste país, é nosso o sistema tributário, é o aparelho carniceiro de gestão de políticas públicas, é a “astúcia legal” que rege os direitos e deveres de nossos políticos, é a forma esdrúxula como se lida com a vida e a moral nesta pátria fingida, frígida e frívola.

- Dani, cala a boca! Quer ser presa pelo Agente Smith ou pela Central-de-Palavras-de-Baixo-Calão do Google?

- Já nem digo “o que minha mãe vai pensar de mim?” porque ela fala mais palavrão do que eu, graças a Deus... Mas vamos manter a ordem nessa casa... O que meus sobrinhos vão pensar de mim? Há que se manter a linha... Há que se zelar pela honra e o nome de um ser humano a se criar. Há que se endurecer mas sem perder a ternura jamais...


Que merda é essa?

Censurada? Imprópria? Euzinha?

E é mesmo melhor o papo se encurtar por aqui... tanta coisa a se questionar por aí... Tanta coisa a se censurar, restringir e recriminar por aí... tanta vergonha e falta de vergonha, e os caras vão repreender justo meu bloguinho???


Ergo a cabeça, estufo o peito para dizer:


Vai ‘pro caralho!!!!

Caralho, aliás, que deixará em breve a categoria dos substantivos comuns e entrará também á qualidade de adjetivo, grau superlativo absoluto analítico, oficializado em dicionário e aí quero ver quem é que vai me admoestar!


 



... nessa casa se ouve The Moon Invaders

no banheiro...

Tem morado no banheiro, bem ao lado do espelho, o encarte do CD da trilha do Trainspotting # 2.

O filme é muito bom, a trilha é muito boa, mas o encarte... tem morado no banheiro!!! Do ladinho do espelho!!!!

Fica de costas, com o verso voltado para frente, onde traz lá um trechinho da primeira fala, primeira cena:

“Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television. Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers. (...) Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked up brats you have spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life...

But why do I want to do a thing like that?”

O texto do encarte acaba por aí...


Mas lembro bem da seqüência que ainda segue...

“I choose not to choose life. I choose something else. And the reasons? There are no reasons...”

E o personagem explica lá porque não precisa de motivos.

Do texto limado do encarte também lembro um tantinho mais... “good health, low cholesterol and dental insurance, a starter home, your friends” e por aí vai...

Bom pacas!


Deixo ali porque gosto de lê-lo e vê-lo todos os dias. Penso nas escolhas da vida, na vida de escolhas. Poder de decisão, ponderação, opção. Para cada decisão e opção há sempre uma renúncia.

E a vida que se segue sem a gente nunca ter plena certeza de ter feito escolhas certas para ela, mas com a clareza de se fazer o melhor que se pode ser feito em cada momento e contexto.


Aahhh... vida!

Na parede oposta do banheiro tem lá um adesivo: “escolha”...


Afirmação? Ordem? Pergunta?





Rio, 22 de junho de 09.


 
... nessa casa se ouve U2

Cotidianices... em 02 de maio de 09

Simples relatos sobre o quê e como tem acontecido por aqui...


Esse fim de semana peguei uns filminhos para ver!


Na verdade, fui atrás de O Hospedeiro (li uma boa indicação a respeito em um blógue e fiquei curiosa...).Não tinha...


Então trouxe para casa: Tudo sobre minha mãe, Quem somos nós, O Ilusionista, Seis signos da luz, Crônicas de Nárnia – príncipe Cáspian, Efeito dominó, O escafandro e a borboleta e A sombra do vampiro. Sendo que este último, eu não devolvo nunca mais... Comprei. Acho lindo. É em tons de sépia, tira bom partido da luz e é todo bom. Hoje ainda é sábado, já devolvi metade e só tem 1 sem assistir ainda...


Mulher compulsiva é assim... Já que é legal vou fazer enquanto der.


É que tem sido muito legal assistir filminhos por aqui. Redescobri os prazeres do programa desde que troquei de monitor e de dvd player pifado.


Ainda estou sem TV, mas não estou sofrendo de crise de abstinência. Assisto no computador, e antes era um saco assistir da cadeira... agora viro tudo para o outro lado da mesa, jogo os almofadões no chão limpinho, boto uma mesinha auxiliar e u-huuuu!!!!! Só alegria!

É a terceira série dessa nova fase... Dessa vez me superei mesmo. A média tinha sido de 5 filmes por fimdê. Mas , digamos que peguei gosto...


Achei por aqui no meio dos “rascunhos”... Agora já tem TV nessa casa, e faz tempo que não pego um filminho... Mas estou adorando assistir TV com uma costurinha na mão! Xingo apresentadores, felicito outros, mando calar a boca, mudo de canal, brigo com o juiz, dou 2 pontos, 1 laço, 1 nozinho e vou dormir.





... nessa casa se ouve Cartola...