quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

fim de ano e o que mesmo?

Aqui mesmo, 23 de dezembro de 08.


Tanta coisa acontecendo nesse fim de ano corrido. Tempo ‘curto’ mas que, ao mesmo tempo (...), parece tão longo, tão distante...
Olho o calendário.... 2 semanas atrás... E parece que se passaram anos...

Impressionante!

Impressionante como as relações de tempo são ilógicas! Parecem estar se transformando...
Muita coisa acontecendo? Muita informação simultânea? Ou estamos mesmo mudando nossas concepções e percepções temporais?

E, praticamente na mesma medida, o contrário também se aplica... Parece “que foi ontem” mas, na verdade, quando a gente vê, lá se foi 1, 2, 3 meses....

Tão contraditório quanto instigante....

Contraditório como eu...

Que, ao mesmo tempo, que me atrapalho (tanto...) com “alguns tempos”, com horários, com datas, com lembranças temporais definidas e determinadas, sou extremamente afoita e interessada com e em “filosofias do tempo”, com a “física do tempo”, com esse mundo misterioso e fascinante...

Tempo.... que rima com alento. E com vento... efêmero e passageiro. Nada ‘venta’ o tempo todo... Nada ‘tempo’ o tempo todo.
Ai, ai... Lá vou eu com meus poeminhas sem pé nem cabeça... um sem tempo, outro ao vento...

Papo sobre o tempo rende uma vida...


Volto para o fim de ano corrido e apressadinho...

De repente inventaram que era Natal... Que é natal, fim de ano, reveillon e que tudo e todos passam a ser diferentes por causa disso!
Loucura! As pessoas parecem não estar no “aqui e agora”, todas preocupadas e afoitas com o “fim de ano” que vem pela frente...
Opa!
É fim de ano ou é fim do mundo?
Tudo 8 ou 8.000!!!! Mais do que eu... Ou tudo está lotado, abarrotado, cuspindo gente pelos ares, com lojas e comércio lotados e abafados, engarrafando até as calçadas. Ou é um vazio mórbido... um vazio que faz eco, que dá a impressão de se ouvir o vento assoprando em tons de cinza...
Só por que é Natal?

Olho para as pessoas que esvaziam as ruas e abarrotam as lojas americanas até engarrafar a calçada e me pergunto... Alguém aí se lembra do aniversariante?
Todos querem comprar presentes para as pessoas queridas, mas... toda hora não é hora para se presentear quem se quer bem?
Precisa de um pretexto? Precisa fazer do Natal um pretexto?
Datas comemorativas hipócritas... Mundo capitalista de merda.

Só o que eu vejo de bacana nessas tais ‘datas’ é a oportunidade de reunir a família. Pelo menos para mim, que já não passo mais os “domingos no sítio”...
Não precisa de presente. Precisa de presença...

Mas em todo lugar que se vá alguém deseja “feliz natal” com um sorriso pálido e vazio e ao mesmo tempo com uma alegria que nem ela sabe de onde vem... parece que é só alegria por ‘ser um feriado’, uma alegria pela rabanada que se enfiará goela baixo. Que sentimento o cidadão que eu nunca vi na vida tem ao me desejar “feliz natal, feliz ano novo”?
Ou então, se ele me quer bem e me deseja algo de bom, por que no “praxe” do Natal?
Por que não um “feliz sempre”, “feliz todo dia”, “feliz ano todo”?

Às vezes acho que de normal nesse mundo só tem eu mesmo... Que estou cá em grande crise existencial por que não sei dizer qual é a melhor música do Clash... estou há tempos me mastigando com isso... london calling ou the guns of brixton? london calling ou the guns of brixton? london calling ou the guns of brixton?
Fico aflita comigo mesma por que não consigo ter uma opinião plenamente coerente e definida a respeito. Faço listas para tudo e essa eu não consigo ‘fechar’...

Lembro do não-sei-lá-quem Gordon (...), do personagem do John Cusack em High Fidelity...

Sinto-me como um personagem...

Pareço cada vez mais um misto de “não-sei-lá-quem Gordon” com “Amelie Poulain”... Dentre crises pessoais, existenciais e filosóficas tão profundas e tão íntimas, porém ao mesmo tempo tão constantes e determinantes na vida corriqueira... Dentre paixões esquisitas e vagas, vivendo muitas vezes em um mundo tão particular e tão pessoal...

Tocando a vida... e sentindo lá dentro coisas grandes que parecem ínfimas, e outras pequenas que parecem gigantes... ao mesmo tempo tão frustrantes quanto determinantes ao comum e ordinário que se é.

E o fim de ano?

Meio que não estou sentindo o tal “espírito”...
Sinto um corre-corre que parece que não é comigo.
Sinto 200 outros corre-corres que parece que só eu estou sentindo...

Não consigo parar para pensar em Natal e Reveillon... Faço tantos planos com outros compromissos que não sei ter planos de “fim de ano convencionais”...
Vou ceiar com a família, e volto no mesmo dia.
Reveillon? Sei lá... está tão longe, tão distante... Tem tanta coisa pela frente daqui até lá...
Vou deixar para pensar na hora. Vou pular 7 ondas na banheira.

Comemorando pelo aniversariante do dia todos os dias.
Fazendo de cada dia um motivo de celebração.
Vivendo constantemente o “espírito” de coisas boas e sentimentos bons.
Começando e recomeçando um ano novo diariamente.



... nessa casa se ouve Bauhaus

sábado, 20 de dezembro de 2008

por aqui... e por aí...


foto Otávio Rodrigues




... nessa casa se ouve David Bowie.

domingo, 14 de dezembro de 2008

juízo final

Ainda na série “aceito boas sugestões”, inaugura-se agora novo tema... “o mundo segundo DR”...

Mundo particular. Mundo peculiar. Mundo único, sob uma visão mais característica ainda...

Porque para tudo no mundo (pelo menos no meu...) há sempre uma teoria embasando e fundamentando os processos envolvidos. Porque em e para cada mundo há (sempre...) um porquê para tudo (ainda que a gente não saiba ou não perceba...).

Primeira questão:

...é que eu tenho uma convicção...

Talvez alguém se pergunte... “uma?”

Talvez alguém pergunte “só uma?”, ou então...
“convicção?”, talvez ainda a indagação crucial... “tem?”...

Mas o fato é, que dentre tantas (talvez não convicções, mas fundamentações... certamente abalizadas nesse mundo-único), a primeira teoria a se apresentar é quase uma revelação...

No dia do juízo final (sim... ainda acho que ele virá...), ao sermos todos barrados por São Pedro na grande porta de sabe-se-lá-aonde, prestaremos contas sim!

Seremos confrontados e intimados ao grande julgamento. Está nos grandes escritos de DR, que não é lá um evangelho... Está nas escrituras e nas profecias, nas partituras e nas poesias...

Eis (que em verdade vos digo) que...

No dia do juízo final, prestaremos contas ao Google!

Rapaaaaaz! Pode acreditar. Vai por mim. É isso mesmo que você ouviu... “no dia do juízo final, prestaremos contas ao Google!”
Não tenho dúvidas a respeito. E mil razões para ter se tornado uma convicção... Pare para pensar a respeito um minutinho... veja se não tem mesmo fundamento....

Os ímpios se colocarão frente ao grande julgamento, no tribunal celestial-virtual.

Toda sua vida será revista em versão beta, apresentada aos seus olhos em 1 – 10 de aproximadamente tudo que você fez nesse site...

Que essa é uma verdade, isso é.

Só não sei para onde vamos dali para frente... talvez hajam pesquisas relacionadas, talvez a página seguinte não possa ser exibida, talvez ainda alguns tenham que voltar para tentar outros links...


... nessa casa se ouve Placebo.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

embalagens

Foi meu aniversário. Mamãe veio para cá. Trouxe amor, carinho, um bolo dentro da mala e um presente de papai.

Volume conhecido... aquele formato que é quase impossível fazer uma surpresa...

Garrafa! Não tem erro, já sei o que é.

Papai que mandou? Já sei. É vinho.

O momento de curiosidade e surpresa é só o de imaginar... “Uau! Qual vinho será?” e “Será que tem cartão? O que será que está escrito?”

Eis que... abro a embalagem e lá dentro da sacolinha estão 1 singela e mágica peneirinha de plástico e 1 memorável abridor de vinhos, que existe desde antes de eu nascer, com cara e gosto de memória afetiva pura!

Isso é que é surpresa!!! O resto é conversa...

Independente do volume previsível da embalagem o conteúdo foi mesmo surpreendente e emocionante.
Tinha também um (lindo) cartão, com “truques e trecos” de papai, e também um “envelopinho” (famosos envelopinhos dessa família...) que papai disse ser “magro”.

Pai! Ora essa... Envelopes são magros por natureza. Se fossem gordos seriam caixas.

Esse pacotinho recheado de coisinhas foi a maior riqueza que o senhor poderia ter me dado. A maior honra e maior alegria do mundo estavam ali comigo.


Imagem da semana * embalagens



Que raios esse tucano está fazendo aí?
Que raios esse tucano?

Será que é “strong” por que o tucano quebra a semente de guaraná com o bico? Mas aí... quem é o “strong” dessa história? O guaraná ou o tucano?
Será que esse guaraná é produzido ou fabricado em algum lugar que tem muitos tucanos?
De onde saiu esse passarinho horroroso?

Que loucura! Quanto mais eu olho para o rótulo mais assustada vou ficando...

Acho embalagens sempre coisas fascinantes... muitas vezes curiosas, muitas vezes formosas, muitas vezes horrorosas...

Tenho aqui quase uma coleção.


Uma das recentes...

Comprei por causa da embalagem... comprei logo duas. Nunca tinha visto nada igual. Tem até um arco-íris...
E o fundo rosa então? O “sonho em cor-de-rosa” do guaraná Jesus não esperava por essa...

Guaragay é fantástico. Quase um ícone...
Ficou me surpreendendo durante meses... depois perdeu um pouco a graça... vi para vender em 2 ou 3 lugares e fiquei com a impressão de que “o mundo conhecia guaragay” e só eu estava pasma em ver aquilo...

Não tomei o guaraná ainda... ainda nem abri... não deu muita coragem e, além disso, está fora da geladeira há mais de um ano... se não for ruim já deve estar péssimo.... (na verdade também não tomei o strong ainda...)


Uma das preferidas...
Indiscutivelmente uma das melhores que eu já vi na vida...

Encontrei-o meio sem querer, com sede de matte leão foi a alternativa possível oferecida.

Fantástico! Mate tigrão!

Veja bem... ele não é “leão”... é “tigrão”.
O fundo laranja, a fonte rechonchuda, o close da cara do bicho... O que que é esse tigre??? Parece que saiu da embalagem de sucrilhos, puto, com os olhos em fogo...
Mate tigrão é tão bom que fiz questão de ficar com ele na ‘partilha dos bens’... Já morou na cozinha, já foi porta-escova de dentes e hoje é um lindo porta-lápis.
Mais uma...

Essa eu ganhei de presente.

Susana... disse que me deu por causa da embalagem, sabia que ia adorar.

Puxa... adorei realmente! Mas que é esquisita, é... quase inimaginável.

É um misto de Tarzan-literalmente-selvagem com flyer-de-telefone-público... Uma loucura!
A dona-loira-meio-sheena literalmente derretida nos braços do cara, meio-rambo-meio-mogli, com um cabelinho anos-80 que é incrível imaginar que isso possa ajudar a vender alguma coisa... Mas o produto parece mesmo ser ótimo, um combinado de catuaba com guaraná e marapuana, seja lá o que isso for... E no verso está escrito “beba antes de agitar”...


E como aqui o que se fala é tudo verdade, vai de lambuja uma da peneirinha...


... nessa casa se ouve Billie Holiday.

A imagem da semana dessa vez poderia muito bem ser o coadorzinho que mamãe trouxe, papai mandou, mas é que eu vi algo muito “curioso” (ou melhor, muito esquisito...) que me lembrou outras coisas mais curiosas e mais esquisitas ainda, que resolvi fazer uma “imagem da semana” temática...

Sabe como é... vida nova, novos hábitos... a gente vai aprendendo a se adaptar às fases da vida, né. Pois bem... tenho comprado coisas “que não precisam de geladeira”... e aprendido um monte com isso, além de ter feito experiências e descobertas incríveis.

Dia desses deu vontade de bebida (não, não é whisky caubói, nem vinho guardado no cantinho). Deu vontade de beber coisas doces.
Groselha eu já não encontro mais... Refrigerante sem gelo consegue ser ainda pior, sucos já perderam a graça...

Já sei! Guaraná concentrado! Vai ser bom para mim, é doce, fresquinho e ralo. Fica bom com água-quase-temperatura-ambiente que sai do filtro, fácil, rápido, não estraga, não tem que espremer...

Perfeito! Vou comprar um desses guaranás. Vou até o “mercadinho natural” porque lá deve ter boas opções nesse quesito.

Bom... eram três opções... escolhi o mais caro (nessa hora deu “alguma” maior credibilidade nesse sentido...).

Guaraná “strong”....... Uau!!!! Será que eu fico “strong” too? Vale por um espinafre do Popeye?

Chego em casa e vou ver o que fiz de meu mais recente investimento.
Ai, ai... a embalagem é terrível... não faz o menor sentido. Não estou entendendo nada...