quarta-feira, 22 de abril de 2009

21 de abril de 09, hoje, aqui. E aí?

Peguei me dentre tantos questionamentos e dúvidas... Algumas crises, algumas angústias, algumas inquietações. Às vezes sem motivos ou razões, às vezes com os todos os pretextos e causas que nos fazem ou determinam ser quem somos.
Isso não é ruim. E não, eu não sou masoquista. Não gosto de “me sentir mal”, é fato. Mas a estória é que não “me sinto mal” por estar inquieta ou em crise, dependendo aos olhos de quem assim o veja. Sinto-me viva, e mesmo em meio a tantas ansiedades e imprecisões, sinto como se estivesse apurando, aprimorando...
Cresci achando que “crises são amadurecimento”. Sinônimos e processos correlatos. Ainda estou crescendo, não mais em tamanho, talvez na alma...
Por mais difícil e duro que seja “confrontar-se consigo mesma”, é inquietação que não é aflição, não é sofrimento.
Por mais difícil e duro que seja “confrontar-se com a vida em si”, é processo natural, é procedimento do viver.

E dentre tantas perguntas sem respostas, faço o contrário também.... preencho-me de respostas sem perguntas.

Algumas suficientes, algumas eficientes. Respostas vagas, outras precisas e certeiras. Respostas temporárias ou passageiras, respostas efêmeras.

Também cresci achando que o que realmente importava era a pergunta.

Adoro as perguntas! Adoro as perguntas que faço para mim mesma. Adoro o momento do sentir e descobrir que as respostas já estão contidas nelas... Adoro chegar na elaboração da pergunta. Adoro questionar, filosofar, instigar descobertas e aprendizagens,
Mas hoje me pego buscando tanto por porquês, por justificativas, por melhores entendimentos das coisas...

Inverto processos....

Adianto retrocessos.

Dislexo procurando nexo.


E a imagem da semana é...

A cicatriz...

A cicatriz é o nosso primeiro contato e referência com o e do mundo.

Carrego um umbigo costuradinho bem no meio de mim para me lembrar disso...

Quando fiz a tatuagem escrevi páginas e páginas sobre o que penso e sinto a respeito das cicatrizes. Qualquer hora esses papéis aparecem e acho que é para cá que vêm....
A foto foi na mesma noite em que a fiz, recém parida mesmo... Por “encrença que parível” ela é hoje quase uma marca d´água... apagadinha, apagadinha... mais para tons de cinza que para preto no branco...
Meu corpinho a foi incorporando de alguma forma... foi cicatrizando, talvez...


... nessa casa se ouve Jane´s Adiction ....