quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

parece que padece

RJ, 04 de janeiro de 2009.

Estou cansada. Mas cansada e esquisita... (desta vez um pouco mais que o normal).

Parece que senti falta de ‘um abraço’... Mas não exatamente um abraço físico, um abraço humano...
Deu a sensação de sentir falta de ‘aconchego’, de repouso pleno. De descanso. Sossego ou alívio...

Parece que o que eu queria mesmo era uma “televisão”. O “abraço de uma televisão”...
O deitar e não fazer nada, ver o mundo passando em frente aos olhos, sem maiores assimilações, puro entretenimento.
Passar o tempo, sem me mexer... nem por dentro nem por fora...

Putz.

Fiquei péssima, me senti um trapo, um ser humano da pior espécie... deplorável, lamentável, vergonhoso...

Os pássaros cantando lá fora e você aí nessa ambição mundana...

Querendo o abraço de um aparelho de tv?
Senti-me carente... Mas... carente de uma televisão?
Desejando por esse conforto, por essa distração, como ambição e planos do dia...

Culpei-me.
Por que não sentindo vontade de ficar deitadinha lendo um livro?
Não quero pensar. Não quero digerir nada.

Cobrei-me.
Que merda! Começa assim... daqui há pouco está falando de personagem de novela como se fossem seus vizinhos.

Lamentei.
Carrego a “dor de corno” de pagar tv a cabo e não ter aparelho de tv para enfiar na tomada...


Pensei em ir ao shopping comprar uma TV. Deu preguiça e raiva. Mudei de idéia, desisti.

A vontade de ver TV passou só de imaginar o desafio!!!! Ruas com pedestres errantes, fazendo fila para tomar sorvete do mc donalds, vendedores de sorrisos tingidos me chamando de Dani (?) e dizendo “o que é melhor para a minha vida”, loiras-de-xoxota-preta me olhando torto como se eu fosse a anomalia, crianças cujo argumento é o berro, outras de salto alto (...) se equilibrando como em patins com mães de salto alto se equilibrando como em patins, barrigas suadas e desabotoadas com caras de churrasco-aos-domingos e olhos de lobo mau querendo comer a chapeuzinho...

Socorro!!!! Eu fatalmente iria recair em pensamentos obscuros... “Por que não se desintegram? Por que não se desintegram? Por que não se desintegram?”
Não tenho forças para sobreviver a tanto...

Vou ficar deitadinha, fazer cafuné no cotovelo até pegar no sono um pouquinho... Quando acordar devo apresentar “sinais de vida inteligente neste planeta”.
imagem da semana

Uma “sombra de mim” assistindo telas em branco.



... nessa casa se ouve Alice in Chains

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