A gente vai arrumar a gaveta
e então dá de cara com (muuuuuitos) cadernos, bloquinhos, papéis e uma
infinidade de coisas anotadas... sentimentos, histórias, momentos, uma loucura
em forma de papel e grafite...
Folheei alguns, parei para
ler outros.
E que mundo de mim mesma
estou encontrando!!!
Já ri (muito), já chorei
(muito), já dei mil voltas em volta de nada, ou talvez em volta de muita
coisa... (só não consegui arrumar as gavetas ainda...)
E então me dei conta de 974
coisas que achei escritas aqui... E não é nem bilhetinho, não. Verdadeiras
enciclopédias do(s) exercício(s) de autoconhecimento, o puro sumo de um
sentimento em algum momento, e percebi ter escrito mil coisas que eu gostaria
de ter falado... e não o fiz. Que eu gostaria de ter conversado... e não tive
essa chance.
Tomo um gole de vinho.
Aperto a corrediça da gaveta
com a chave de fenda.
Vou cantando junto com Big
Joe Williams.
E penso em, literalmente,
“passar a limpo” tudo que eu extravazei em formas de letrinhas...
Ainda quero conversar sobre
tudo isso com todos!
Dez
minutos depois e a bicha faz o quê?!?!?
Derruba
a taça de vinho sobre a gaveta....
Agora
tenho centenas de caderninhos, com milhares de sentimentos anotados, 3 panos de
prato, 2 gavetas e um chão todos entonados em tons de roxo...
Fazer
o quê, né... Estou rindo de mim mesma :)
... nessa casa se ouve Jelly
Roll Morton
Nenhum comentário:
Postar um comentário