Passei
o fim de ano na casa de mamãe.
Em
certo momento, sentei em meu cantinho, comecei a escrever algumas coisas... Acho
que teria escrito mais, mas não deu, mas tudo bem.
Boto
aqui “tal qual como veio”, sem revisões e complementos.
Primeira
leva | “retrospectiva 2011”
Incompleta
pacas, mas foi o começo...
(aí
o ano começou que mal consegui perceber, fui realmente levada e tomada, só “apaguei
incêndios” até o momento, só agora é que ando “arrumando a casa e a vida”, e
assim vamos... Momento transcrever papeizinhos e anotações, jogo o que tenho
até o momento aqui, outra hora, escrevo e completo mais talvez...)
dezembro de 2011.
Então já é fim do ano...
Um corre, né?
Passa voaaaando (Ou é só
impressão minha? Só eu acho que o ano parece que começou “ontem”?)
Vi uma amiga fazendo a “retrospectiva
2011” no Facebook, me peguei pensando e lembrando meus momentos por aqui
também...
Comecei por algumas coisas
marcantes, depois emendei tentando lembrar de, pelo menos 1 coisa, um fato, um
momento, a cada mês.
Grande desafio. Para mim parece
realmente difícil, uma das coisas mais complexas do mundo. Sou péssima com
datas, né? Nunca lembro nada, quer dizer... Lembro dos fatos, dos sentimentos,
dos acontecimentos. Agooora.... lembrar da data. Poutz... se bobear eu esqueço
até do meu aniversário. Já viu?
Então, na “retrospectiva
2011”, só vou conseguir saber datas se eu pesquisar, se eu for buscar agendas,
calendários, outras coisas que aconteceram na mesma época. É trabalho investigativo
mesmo, de análise e averiguação, não de memória... Na memória ficam os fatos,
as emoções. As datas sei lá onde ficam...
Pois bem, vamos aos fatos.
Ou a alguns...
RETROSPECTIVA
2011 | parte I
ENCONTRO
DAS MENINAS DO BEÁ
Esse aqui ia render um post
(ou um caderno) inteiro à parte. Já pensei tantas coisas, senti muitas outras
mais, se eu sentar a bunda um tanto e desandar a escrever acho que sai
coooooisa.
Começando desde já.
Foi mesmo uma das coisas
mais marcantes e emocionantes que aconteceram.
Um reencontro ímpar. Tão
singular quanto esperado, ainda que talvez não soubéssemos disso.
Quase 20 anos depois nos
reencontramos. Quase todas. A “turma do colégio”, a “mulherada”. Era um colégio
só de meninas, né. Mulher demais. Só mulher. E, por incrível que pareça, neste
mesmo encontro (re)descobrimos que nem precisava de meninos na escola. Éramos
moleque o suficiente!!! Com toda certeza.
Aprontamos muito, nos divertirmos
muito, ‘molecagens mil’... meeeesmo. Desde coisas de quem jogava futebol e
descia cotovelada atravessando em campo, de quem fazia campeonatos de cuspe, de
quem inventava formas de matar aula e de colar na prova, até as inquietações
todas de quem vai crescendo, convivendo, amadurecendo em mil formas.
Mulheres com altas doses de
testosterona, mulheres que se viram pela última vez no auge da adolescência,
com hormônios mil borbulhando e efervescendo, tomando rumos e caminhos de quem
queria ser gente grande. E mulheres que viraram “mulherões”. Guerreiras, batalhadoras,
fortes, felizes.
Muito divertido!
Lembro que antes do encontro
eu tive “pés atrás”, confesso... em imaginar que talvez pudéssemos ser tão
diferentes que talvez “não coubesse”.
Eu nunca havia participado
de um encontro destes, nem de escola, nem de faculdade, nem de nada. Na
verdade, uma vez acompanhei uma amiga no encontro de turma de faculdade dela. E
fiquei chocada!!! Os assuntos eram assim “Quem
se deu bem? Quanto você ganha?”. Deprimente... Fiquei mesmo bege com isso.
Achei tão raso... Por pouco não traumatizei.
E nós aqui da turma da
escola com mais mil rumos diferentes, identificações de vida talvez até mais
distantes que de uma turma de faculdade, que já começa com algum ponto ou
perspectiva comum...
Muito tempo sem se ver, né?
Sem nenhum contato.
Eu mantive contato nesse
tempo com apenas 3 figuras queridas. E ainda assim contato esporádico... Coisas
de quem se mudou de cidade várias vezes, de quem mal vê a família, de quem saiu
da escola no último ano antes das aulas acabarem, de quem mudou de casa e não
avisou ninguém, e sequer levou o nome e telefone da turma anotadinho.
Loucura, né?
Pois bem, tive alguns
receios antes desse encontro... de haver pouca ou nenhuma identificação, de
haver gente “diferente” demais, de pensamento, de sentimento, de ideologias, de
visões de mundo e tals (como se eu não fosse diferente, ou cheia de
peculiaridades, né...)
E sabe o que é mais rico?
É que pode ser que haja.
Mas a gente se gosta, se ama
e se respeita assim.
Mil papos rendem aqui... as
mães, as filhas, as turminhas, as histórias, as crises, os rumos da vida, os
amores, os desamores, o tempo que passa, mais histórias, as coisas que mudaram,
as que não mudaram, mas mil histórias e por aí vai...
Falei que era um post à
parte... juro que ainda vou escrever muito a respeito. Mas por hora, fica aqui
na versão de bolso para a “retrô 2011” mesmo, ta.
Data: foi
do meio do ano para frente.... tipo setembro, outubro. Lembro porque a Angélica
tinha vindo em casa pouco antes (e conversáramos a respeito, que não tínhamos
mais contato com a mulherada e que curioso seria nos revermos!). Ela veio no
feriado de 7 de setembro, então foi depois disso. Eu tinha acabado de fazer uma
tatuagem, que foi em 9 do 9 e fui toda embrulhada no plástico para o
encontro, que nem sobra de pudim na geladeira. Então foi depois disso, com
certeza não foi dia 8 de setembro (hááá! Estou ficando craque com datas,
hein...). Foi pouco depois do dia 9, meados de setembro. Formô?
Pontos
altos: 1. Os papos foram todos ótimos. A gente ria mesmo até sem
saber por quê. Todas se divertiram, se curtiram, se abraçaram de coração,
lembramos histórias e sentimentos e foi mesmo um programão.
2. Paramos
a pizzaria do shopping. Acho que fechava às 22h... Era 1h da manhã e ninguém
queria ir embora! A gente mal conseguia se largar.
3. O
garçom veio todo sem jeito acho que avisar que queria fechar a pizzaria,
e saiu com um: - Não enche o saco, não.
Pega aqui 247 câmeras e tira uma foto da gente. O cara se atrapalhou
(...), e ainda olhou com uma cara de “eu não posso ficar aqui tirando tantas
fotos de vocês”. Dessa vez saiu com um: - E
não reclama, engole o choro e mantenha o respeito, que a última vez em que a
gente se viu você não era nem nascido.
4. A
foto! Tentando reproduzir uma foto de classe que tínhamos, procurando pelas
mesmas posições em que estávamos, vendo as que estavam faltando e etc. Fizemos
melhor!!! Pose segurando a tal foto antiguinha, assim... tipo quem ganha a
geladeira do Sílvio Santos e segura uma bandeja com a foto do prêmio, já viu?
Fantástico!!!!
No mesmo tema, mantendo a
linha, ponto forte 5: o comentário
da minha vizinha quando viu a foto: - Mas que lindas! 20 anos depois?!? E
ninguém embarangou?!? Só tem gatas, incrível!
Incrível, não?
E olha ela aí...
RETROSPECTIVA
2011 | parte II
Resolvi
beijar na boca
É. Resolvi.
Assim tipo “resolvi, está
resolvido”.
Mesmo.
E ponto.
Porque há um tempão eu não
fazia isso...
Essa minha vida peculiar
introspectiva e quase casta me fez adotar hábitos tão esquisitos que até
eu mesma estranho... Fez-me esquecer de algumas coisas tão boas, que eu mesma
nem sei como fiz isso. Por isso, também marcante na “retrô 2011”, está o
momento “resolvi”.
Estava há quase uns 15 anos
sem fazer isso. Dá para acreditar?
Fazer isso, assim... do
tipo, conhecer alguém, trocar umas idéias (ou não...), e beijar na boca.
Estava mesmo há muito tempo
sem passar com isso. Tanto que nem lembro (nem lembro a última vez, tá. Como
faz acho que eu lembro um pouquinho).
Maior exercício de memória
aqui... lembrei das ultimas vezes. Uma virou um namoro, durou anos. A outra
tomou o mesmo rumo, virou um casamento, durou quase uma década. Depois.... bom,
o depois deixa para depois....
Mas nessas, (tempo voa,
né?) foi mesmo um tempão!
Uma historia aqui, outra
ali. Uma ou outra figura amiga ou conhecida. Mas essa sensação de leveza e
descompromisso, de surpresa e de se sentir querida ou desejada, que há ao se
beijar “um desconhecido” não tinha.... não existia, já nem lembrava mais como
era...
Mas aí “eu resolvi”!!!
E, fofa! Vou te falar uma verdade...
Passei o rodo!
Tá bom, tá bom... Passei o
rodinho da pia.
Tá bom, tá bom... Passei o
rodinho da pia de leve... Tão de leve, tão de leve que dá para contar nos
dedos, nos dedos das mãos, nos dedos de uma mão, nos dedos de
uma mão com sobra - Passei o rodinho
da pia, de leve, que dá para contar em 2 ou 3 dedos e estou feliz pacas com
isso, ta!
Data:
Aaahhh, não faço a m-e-n-o-r idéia! Momento de leveza é tanto, que nem vira
memória associativa. Passo.
Pontos
positivos: vários! Saúde melhorou, humor melhorou, pele melhorou,
auto-estima melhorou... Liberação de endorfinas é mesmo o máximo, hein... Presente
dos céus. Só alegria.
Também melhoraram a minha
capacidade de auto-aceitação, satisfação comigo mesma e com a minha vidinha. Também
melhoraram a sensação de liberdade e tantos outros sentimentos.
...
nessa casa se ouve Peter Frampton
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